Livros sobre Belo Horizonte: para conhecer a história e o desenvolvimento da capital mineira
Não sei vocês, mas eu amo conhecer a história dos lugares por onde passo, pois ela diz O livro Rios Invisíveis da Metrópole Mineira, resultado de cinco anos de pesquisa sobre os rios urbanos de Belo Horizonte é lançado com a intenção de promover o (re)conhecimento do que se perdeu ao longo dos anos com o processo de desenvolvimento de Belo Horizonte. Ao se conhecer como um dia foi o saudável convívio dos elementos naturais com a vida urbana, é fácil perceber como a negação e a vedação de nossos rios acarretou na piora na qualidade de vida e o afastamento dos elementos naturais do nosso cotidiano. Os córregos de Belo Horizonte foram elementos importantes na escolha do sítio para a construção da nova capital. Além da história da cidade a partir da destruição de seus elementos naturais e das mudanças da paisagem urbana da capital, o livro também traz mapas e mais de uma centena de imagens que atestam uma paisagem perdida com o desenfreado crescimento urbano de Belo Horizonte e manuscritos e fotografias inéditas que convidam o leitor a conhecer também o Lado B da história da cidade.
Selecionamos algumas das incríveis obras do autor e geógrafo Alessandro Borsagli, que retratam o desenvolvimento urbano de Belo Horizonte. Ele também é autor do blog Curral Del Rey, cujo nome é o mesmo que a nossa querida BH ganhou, logo que nasceu.
RIOS INVISÍVEIS DA METRÓPOLE MINEIRA

O livro Rios Invisíveis da Metrópole Mineira, resultado de cinco anos de pesquisa sobre os rios urbanos de Belo Horizonte é lançado com a intenção de promover o (re)conhecimento do que se perdeu ao longo dos anos com o processo de desenvolvimento de Belo Horizonte. Ao se conhecer como um dia foi o saudável convívio dos elementos naturais com a vida urbana, é fácil perceber como a negação e a vedação de nossos rios acarretou na piora na qualidade de vida e o afastamento dos elementos naturais do nosso cotidiano. Os córregos de Belo Horizonte foram elementos importantes na escolha do sítio para a construção da nova capital. Além da história da cidade a partir da destruição de seus elementos naturais e das mudanças da paisagem urbana da capital, o livro também traz mapas e mais de uma centena de imagens que atestam uma paisagem perdida com o desenfreado crescimento urbano de Belo Horizonte e manuscritos e fotografias inéditas que convidam o leitor a conhecer também o Lado B da história da cidade.
TURBULENTA MODERNIDADE. O ART DÉCO EM BELO HORIZONTE. 1930–1950

O estilo arquitetônico Art déco, o primeiro sopro de um modernismo em Belo Horizonte, se consolidou em um período de notável mudança social, política e econômica pós 1930. Um estilo que pode ser considerado como a primeira arquitetura moderna do Brasil e responsável pelo rompimento com os estilos utilizados na República Velha. O Art déco é um estilo ainda desconhecido e desprezado por uma parcela da população apesar de presente em nossas vidas mais do que se imagina. E é isso que será apresentado ao leitor no livro, colorido e ricamente ilustrado com inúmeras imagens inéditas, acompanhadas de toda a história da capital mineira no advento e na descontinuidade do estilo déco.
HORIZONTES FLUVIAIS

O livro Horizontes Fluviais tem como intuito apresentar para Belo Horizonte, através de imagens antigas e atuais toda a beleza dos rios urbanos, visíveis e ao mesmo tempo invisíveis para uma urbe que se encontra assentada sobre uma imensa caixa d’água. São 146 páginas a cores que trazem imagens e histórias inéditas sobre os cursos d’água, além de um capítulo que buscou retratar, a partir do olhar geográfico toda a beleza do elemento líquido horizontino a partir de inúmeras perspectivas e situações, desde o natural quase virgem até a máxima urbanização e degradação.
ARRAIAL DE BELLO HORIZONTE: A RURALIDADE DA NOVA CAPITAL DE MINAS

Diferenciar o rural do urbano não é uma tarefa fácil. Belo Horizonte, apesar de ser uma das principais metrópoles brasileiras, ainda conserva em sua paisagem urbana inúmeros elementos que remetem a uma não tão distante ruralidade. Nascida de um curral que se localizava aos pés das Minas e às portas das Gerais, pastos, plantações e águas límpidas e refrescantes embelezavam o arraial que se formou em torno do curral, sobre um sítio que recebeu dois séculos mais tarde a árdua tarefa de abrigar a pérola das Gerais, planejada e construída sobre o solo cultivado e palpado pelos curralenses, que acostumados com a vida tranquila entre vales e serras, guardados pela Serra do Curral, viram o seu espaço e a sua paisagem se transformar em Cidade de Minas, posterior Bello Horizonte, a nova capital que conserva em seu nome a vida pacata dos velhos curralenses. Ainda assim, a urbe mineira, apesar de considerada 100% urbana, guardou e ainda guarda aspectos e paisagens que remetem a um período onde a vida pacata do rural e os seus pomares, roças e pastos, muitos deles reminiscências do tempo do Curral, conviviam de maneira relativamente harmoniosa com a cidade artificial, onde a dicotomia entre os espaços, intensificados pela busca incessante da modernidade, contribuiu para a nebulosidade sobre o espaço rural cartografado pela CCNC, até então analisado de maneira geral.
BELO HORIZONTE EM PEDAÇOS. FRAGMENTOS DE UMA CIDADE EM ETERNA CONSTRUÇÃO

Antes de qualquer coisa, deve-se compreender que Belo Horizonte, assim como os demais núcleos urbanos, se encontra em constante transformação. Fruto, além de outros fatores, das mudanças de nossa sociedade, que contribuem para a constante remodelação do espaço urbano. Em Belo Horizonte as transformações mais notáveis do espaço se deram em distintos períodos ligados entre si, deixando fragmentos não só na paisagem, mas também na memoria dos citadinos, em forma de agradáveis e dolorosas lembranças de uma paisagem que não existe mais. No caso o acervo iconográfico, sob a guarda de diversas instituições e acervos particulares, são reminiscências de um período de importantes transformações no âmbito urbano, politico e social, dentro do qual as fotografias exercem um papel muito mais complexo do que apenas o papel associado à contemplação.
NOTA SOBRE O AUTOR

“O autor desses livros, Alessandro Borsagli, é Graduado em Geografia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais e Mestre em Geografia pelo Programa de Pós Graduação em Geografia — Tratamento da Informação Espacial (PPGG-TIE), da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Professor e Pesquisador atuante nas áreas relacionadas ao espaço urbano com ênfase em Geografia Urbana, Geografia Histórica e Memória Urbana. Autor do site Curral del Rey, destinado ao resgate da memória urbana e a discussão sobre o processo de evolução urbana de Belo Horizonte e das mudanças ocorridas na paisagem urbana da capital mineira sob a perspectiva da Geografia Histórica e de diversos livros sobre Belo Horizonte.”